domingo, 30 de janeiro de 2011

ELA VOLTOU


Neudes de Lucena

Ela voltou.

Meu coração,

abriu-se,

rangendo,

como dobradiças velhas,

enferrujadas e fracas.

Pediu-me pousada e comida

e ficou,

até o inverno acabar.

Derretida a neve,

partiu...

sem dizer adeus,

deixando a cama desfeita,

e muita saudade.

TUDO TERMINA PARA RECONHEÇAR


Luis Gustavo de Lucena


Tudo termina,

para recomeçar,

num teorema de contradições.

Passada a tempestade,

vem a bonança.

Superando-se o fracasso,

chega-se ao sucesso.

Dominando-se o vício,

alcança-se a virtude.

E, assim ,

como do prazer,

pode vir a dor,

do ódio,

pode-se chegar

ao amor e

vice e versa.

sábado, 29 de janeiro de 2011

MEU PAI






De: Luis Gustavo de Lucena




O PRIMEIRO VERSO É SEU, MEU PAI!





PAI!

Tua bondade que me humaniza;
tua alegria que me dá ânimo;
tuas lágrimas,
muitas vezes
derramadas,
para me fazer sorrir;
teu coração
palpitando forte
no teu peito,
quando me abraças,
como só um pai
sabe abraçar;
tua ternura
tua fé,
teu nome;
tua maneira de amar;
tudo,
tudo,
tudo o que vem de tí,
meu velho,
me leva a seguir teu exemplo,
e me faz homem.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

UM HOMEM SO

LUÍS GUSTAVO DE LUCENA

Aqui estou,

odiado ou amado,

ocupando o meu espaço,

limitado e fechado.

Vivo,

pelos menos,

sem correria e cansaço.

Não assisto as tragédias,

que acontecem no mundo lá fora.

Não corro

ao encontro da morte.

Espero-a

mesmo às três horas,

no meu banho de sol.